A professora da Sala de Recursos Merice Fátima Copini Meneghetti tem
ministrado aulas de Libras nas turmas regulares que possuem alunos incluídos. Segundo ela “não é significativo ensinar libras somente para os
alunos com deficiência auditiva, pois os mesmos não tem com quem se comunicar,
mas é importante ensinar também para os alunos do ensino regular. Só assim o
processo de inclusão de um deficiente auditivo pode ocorrer de forma completa,
pois a aprendizagem só ocorre com a troca de informações e experiências.
Professores e alunos devem conhecer a linguagem dos sinais e praticá-la em sala
de aula para que o surdo-mudo possa interagir, aprendendo a ler, escrever e
entender o mundo que o cerca.”
As políticas públicas de inclusão deixam muito
a desejar, pois aos professores das turmas regulares não é oferecido nenhum
curso para se aperfeiçoarem e poderem se comunicar com esses alunos em aula.
Muitos profissionais recebem esses alunos e não sabem como lidar com eles, pois
a comunicação entre os mesmos é precária e insuficiente para o sucesso do
processo ensino-aprendizagem.
A princípio a professora tem
trabalhado juntamente com as professoras regentes que possuem alunos incluídos,
o alfabeto em Libras. Os alunos adoraram e é impressionante a facilidade e
rapidez com que aprendem e memorizam a linguagem de sinais. Nos próximos encontros
será dado seguimento, aprendendo os numerais e mais tarde o alfabeto manual
(gestos).
Além dos alunos gostarem das aulas,
passaram a refletir a respeito de como é viver em um mundo sem sons e
aprenderam que é importante respeitar e acolher os colegas neste processo de
inclusão. Aprender a respeitar as diferenças é importante para a construção de
um mundo mais justo e igualitário, onde os preconceitos possam ficar no passado
e tudo que era tido como impossível possa se tornar realidade.
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